Go Banana, UX!
1 min readJan 23, 2017

--

Sobre a insensatez da curiosidade humana

Tenho um bebê de quase 10 meses que usa botinha ortopédica, desde os três meses, para correção de pé torto. Desde então venho lidando diariamente com olhares curiosos, perguntas descabidas e abordagens mal educadas, em sua grande maioria. As pessoas, desconhecidos que nunca mais verei, se aproximam para comentarem sobre as botinhas ortopédicas. ‘O que aconteceu com os pezinhos dele?” “Para quê são essas botinhas?” “Não estão muito apertadas, mamãe?”. À parte do incômodo que é responder ao mesmo tipo de questionamento to-dos-os-di-as-nos-úl-ti-mos- me-ses, minha reflexão é sobre o limite e insensatez da curiosidade humana. Meu filho é lindo, risonho, super sociável. Existem mil e um motivos para se aproximar dele e oferecer um elogio, mas a curiosidade do ser humano não deixa, e vai direto ao ponto em que o incomoda (?). São pessoas que nunca mais verão meu filho, o que quer dizer que a suposta preocupação sobre o que são as botas ortopédicas não passam de mera curiosidade mesmo; necessidade de satisfazer a SUA questão. Então fica a dica: a sua curiosidade sobre a condição de quem você não conhece é insensata, incomoda e mostra o quão mesquinho você é. Mude a a perspectiva do olhar; do seu umbigo para os pontos positivos que a vida te oferece.

--

--